Saiu ontem no jornal O Globo uma reportagem sobre os softwares de detecção de plágio que as universidades cariocas têm adotado. Não sei se temos algo na Unirio fora o uso do Google pelos professores mais espertos, mas estou estudando como adotar um serviço desses. Eu me lembro que, quando surgiu a primeira versão do TurnItIn, achei muito interessante, mas era ainda apenas em inglês e esqueci do assunto.
Infelizmente esse tipo de ferramenta tem sido necessária. Muitos professores conhecem casos de plágio até mesmo em teses, e já foi penoso para mim constatar trabalhos inteiros copiados pelos meus alunos, que ganharam um zero bem redondo. Muito desse plágio tem como fonte a Wikipédia, usada indiscriminadamente desde o ensino fundamental até o doutorado. Tenho pensado em alguns pontos aqui:
1. Muitas vezes o plágio é cometido por puro desconhecimento. O aluno precisa saber como pesquisar, como citar um texto, e o que é aceitável ou não. Em geral, não temos tempo de ensinar isso, e a experiência mostra que isso tem sido muito necessário.
2. Quando o aluno realmente age de má-fé, isso inclui uma percepção de que o professor não está preparado para detectar a cópia. Esse é o caso de professores sem muita intimidade com a tecnologia, daí mais um motivo para se quebrar a resistência dos docentes à adoção de ferramentas digitais.
3. Ensinar aos alunos que a Wikipédia é apenas um ponto de partida, como aliás qualquer enciclopédia. O outro lado é que para isso os artigos precisam ter referências e bibliografia sólidas e confiáveis, o que deve ser um dos objetivos do nosso trabalho aqui.
Como foi citado na reportagem do Globo, a UFF elaborou uma cartilha com explicações e orientações sobre plágio e direitos autorais. Vale a pena consultar e divulgar para os alunos.
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